Monte Meru, montanha que na mitologia hindu é o eixo do mundo e morada dos deuses, tal qual a coluna vertebral é considerada o centro do corpo humano. É o pivô central, enquanto a criação acontece em seu entorno. O monte Meru está inserido em diversos mitos e escrituras sagradas como sendo o Kailash . Uma descrição espetacular no Vishnu Purana, texto hindu de 200 a.C., diz que “a montanha cósmica nasce a altura de 84 mil léguas no centro do universo, circundada por anéis concêntricos dos sete continentes e dos sete oceanos. As quatro faces da montanha são orientadas para as quatro direções. O leste é de cristal, o oeste de rubi, o sul é de lápis-lazúli e o norte é de ouro. O Sol, a Lua e as estrelas seguem seu curso a partir desse estonteante pivô central e suas múltiplas camadas de reinos do céu, terra e mundo subterrâneo que se espalham ao seu redor. De seu topo, o sagrado rio Ganges cai do céu e se divide em quatro grandes rios que despejam água nos quatro cantos da Terra”.
O Batimento do Oceano
Brahma instruiu os Deuses a bater o oceano de leite para fazer o néctar da imortalidade. Ele lhes disse que usassem o monte Meru como uma batedeira, e para recrutar a ajuda dos ashuras,as pessoas que sempre pensam em si mesmas, para bater o grande oceano de leite. Com grandes esforços todos eles trouxeram a montanha Meru para a margem do mar para usa-la como uma batedeira. Mas ai! Se eles derrubassem a montanha no mar, todo o leite se espalharia. Vishnu veio em sua encarnação como uma Tartaruga para alcançar o propósito da criação. "Coloque a montanha em minhas costas e eu a colocarei no mar," instruiu ele. Isto foi feito e a grande montanha flutuou para o mar da consciência nas costas da grande Tartaruga, Kurma Avatar. Depois disso, Vasuki, o rei das serpentes, fez de si mesmo uma corda. A serpente amarrou-se ao redor da montanha, enquanto os Deuses movimentavam de um lado e os ashuras de outro. Eles alternadamente começaram a puxar, e a grande montanha bateu a infinita expansão da consciência para frente e para trás até seu conteúdo começar a vir para fora. Os Deuses e ashuras bateram o oceano de leite, de onde veio Mahalaksmi, a Mula Prakriti, a matéria primordial da qual toda a criação nasce. Os Deuses correram na frente para escoltá-la até Vaikuntha, onde Vishnu a saudou com grande prazer e graça própria de um cavalheiro.
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