111. Como a vida e a meditação se misturam?
Não há homem no mundo que não seja divino por natureza. A divindade no homem difere apenas em grau, mas não em espécie. Até mesmo o chamado ateu tem um raio de divindade nele. Nenhum homem é desprovido dos três Gunas Satta, Rajas e Tamas em proporções variadas. Seja um cético, um ateu ou um niilista ou algum outro, a porção de Sattva que habita no homem o ajuda a realizar algumas ações virtuosas, que resultam em ações adicionais de natureza semelhante, seja neste nascimento ou em alguns nascimentos futuros. Enquanto ele faz ações de Rajas e Tamas, ele também faz ações Sattvicas de acordo com o grau de pureza e Sattva nele. Nenhum homem no mundo - seja ele um ladrão, um gatuno, um pirata ou algum outro - comete ações viciosas sozinho. Todo homem comete ações virtuosas e ações viciosas na vida. Isto é, ele é propenso a fazer ações mistas desde que esteja sob as garras de Prakriti. Quando ações virtuosas são feitas, sua mente naturalmente se volta para o divino, por mais leve que seja. Um sentimento de alegria interior que ele experimenta, embora possa não ser capaz de expressar por quê. A meditação é essencialmente a qualidade de Sattva. Quando a vida se torna enobrecedora, é certo que o homem pense em Deus.
Em relação a isso, o ponto digno de recordação é que as próprias ações sativicas devem ser consideradas como adoração ou meditação. A meditação não precisa necessariamente significar sentar em um canto solitário ou local isolado e pensar em Rama, Krishna, Jesus ou Maomé ou fazer orações verbais ou mentais. Ações que tendem a purificar a grosseria do indivíduo devem ser coletivamente tratadas como meditação. A vida é, portanto, meditação juntamente com Ajnana a um grau imensurável no caso de um indivíduo comum. Se a meditação é deliberadamente tomada seguindo as instruções de um Guru que deve necessariamente ser uma alma mais evoluída, o homem não pode senão realizar ações boas e altruístas com Akartritva (não-doador) e Abhoktritva (não-apreciador) Bhavas para fazer e sentir sua vida mais e mais alegre, mais e mais esclarecedora, mais e mais atraente. No último curso, que é apenas um passo deliberado, o homem evolui mais rapidamente com a velocidade do raio, enquanto no primeiro curso o homem avança com o passo de um caracol.
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