210. Os meios para alcançar bons fins devem ser sempre bons? A medicina tem gosto amargo, mas cura doenças. Arjuna lutou contra os Kauravas para alcançar bons objetivos.
O pensamento indiano não hesita em responder afirmativamente a essa questão. Exceto pelos materialistas de posição, os Charvakas, os fundadores de todos os outros sistemas do pensamento indiano declaram corajosamente que “não se deve adotar meios errados para alcançar um fim desejado, por mais ambicioso que seja esse fim”. Não deve haver qualquer dúvida sobre este ponto.
Eu não acho que seus dois exemplos sejam fortes o suficiente para provar que o fim justifica os meios. Pois, o remédio, seja doce ou amargo, na medida em que não cause dano ao paciente ou a qualquer outra pessoa durante a cura da doença, deve ser considerado como um meio livre de qualquer falha. É um meio justo para alcançar o fim, isto é, a cura da doença.
No segundo exemplo, Arjuna lutou contra os Kauravas e matou todos eles, sem dúvida. Mas a batalha travada por Arjuna não foi uma exibição de crueldade, mas uma execução de seu próprio dever. A guerra caiu para seu destino como dever puro ou Svadharma. Arjuna não queria somente isso . Ele não fez imposição aos Kauravas. Ele foi desafiado por eles. Ele teve que se defender e seu clã. Como um Kshatriya, era seu dever sagrado e responsabilidade moral lutar pela defesa de seus direitos. Assim, Arjuna lutando contra a batalha sendo puramente ligada ao dever, é completamente justificada.
Sri Krishna reiterou este ponto em vários lugares no Gita. Pelo contrário, se Arjuna tivesse evitado suas responsabilidades de lutar a batalha, então ele teria falhado em seu Dharma. Daí os repetidos comandos do Senhor para ele: Svadharmamapi Chavekshya Na Vikampitumarhasi (Não vacile com seu próprio dever ao vê-lo à sua frente), Yudhyasva Vigatajvara (Lute, livre de febre mental), etc.
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Com amor Janisleine Mara
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