Eu posso responder isto? - Swami Sivananda

84. Minha experiência me fez concluir que a bondade nem sempre é recompensada em nossas relações com as pessoas. Então, qual é o uso de ser bom e fazer o bem quando a bondade não é reconhecida e devidamente recompensada? Por favor, ilumine.

Se a bondade lhe paga bem ou não do ponto de vista material, faça o bem e seja bom sempre. Não há dúvida de que os de mentalidade mundana geralmente se aproveitam de pessoas como as coisas ideais para carregar seus desejos e até mesmo enganar. Não importa nada, pois o Senhor está sempre do lado dos bons e dos justos que se apegam ao Dharma e que confiam nEle. Nenhum homem deve ser considerado bom sem a virtude da piedade ou da natureza temente a Deus. Bondade e piedade andam juntas.

O bom homem é sempre inclinado à espiritualidade, embora esteja no mundo. Ele é diferente do Purusha Vyavaharico. Ser bom é aumentar a pureza e a devoção ao Senhor em abundância. Fazer o bem é colher bem em troca. Se uma boa ação é feita, um doce fruto em seu favor surge com o resultado que você gosta, quer você queira ou não. Se uma má ação é feita, o conseqüente fruto da ação, passível de ser desfrutado voluntariamente ou não, será amargo e contra você. Quer o bem seja reconhecido ou não, faça o bem e seja bom ao longo da vida. Só isso lhe paga bem para alcançar Chitta Suddhi e o conhecimento do Eu. Somente aqueles que não têm o conhecimento do Eu, isto é, o mundano, não reconhece o bem como um meio de perfeição através da evolução gradual. Não é o caso dos espirituais, pois eles sabem muito bem que fazer o bem e ser bom ajudam-nos a alcançar o objetivo da vida, a saber, a realização de Deus.

Lembre-se de que o Senhor reconhece e recompensa sempre as boas pessoas e boas ações. Ele realmente vive e se move neles. O homem bom realmente sente a presença do Senhor em si mesmo e ao redor sem um vestígio de dúvida. É uma zombaria para um homem se considerar bom sem poder estar consciente da presença de Deus nele, com ele e ao seu redor. Não questione o benefício de ser bom e fazer o bem quando a bondade não é reconhecida ou recompensada adequadamente, só ao trabalho o homem tem o direito e não os frutos - bons ou maus - em relação a isso.

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