Como todo mundo, eu também tenho medo.
Quero evanescer. Bater as asas. Lagrimar. Clamar. Calar. Poder de não ter poder.
Coraçãozinho encolhido, minúsculo. Desalento infantil. Os desalentos se sentam e se alimentam comigo. Eu fraquejo. Cedo, tombo.
Tempos de ser Alice. Entro através do espelho. Não me mire, não é nadinha, não. São momentos, eles passam.
Eu escuto as minhas dores, elas papeiam comigo. Mas elas viajam, vão embora. É a lassidão.
Pauso, sim, até eu. Um ser imperceptível. Escolho as minhas contendas, mas elas também me dividem, dizimam, ferem. Glórias tem um valor, saiba.
Sou astro rei, manhãs cristalinas, um tanto... Mas essencialmente e ocasionalmente trevas, sem satélite e sem lume. Preciso escurecer.
Descansar é preciso, distrair-se mesmo.
O dia chega. Chego para ele. Em um andar mais harmonioso, mas vagaroso e mais manso. Henri Salvador a cantar. E eu a dançar e a amar minhas intensidades. Isto é o suficiente.
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