domingo, 18 de dezembro de 2011

Os quatro caminhos do Yoga


São quatro os principais caminhos do Yoga são:
Karma Yoga - O Yoga da ação e serviço desinteressado
Bhakti Yoga - O Yoga da devoção
Raja Yoga -O Yoga do controle da mente, abordagem científica 
Jñana Yoga - O Yoga do conhecimento, abordagem filosófica
KARMA YOGA,
o Yoga da Ação.Consiste na dedicação de todo trabalho como uma oferenda a Deus, sem esperar nada em recompensa. O Karma yogui contempla o Senhor em todas as criaturas viventes. Ao renunciar o fruto das ações próprias, estas são desinteressadas. Não pensando em nossas próprias necessidades e desejos, ajudando aos que nos rodeiam, incluindo seres humanos, animais, as plantas e o mundo inteiro, o coração se expande, se destrói o egoísmo e se chega a realização.
O Karma Yoga pode ser praticado em qualquer momento, sob qualquer circunstância, em qualquer lugar que se deseje fazer um serviço desinteressado (em casa, no trabalho, no ashram, etc.).
BHAKTI YOGA
Bhakti é o enfoque devocional do yoga, a abordagem do amor puro. Neste Kali Yuga, Bhakti é visto como a forma mais segura e fácil de yoga. O Bhakta não se trata de afastar-se das emoções, mas canalizá-las e aproveitá-las sublimando-as rumo a devoção.
Seguir o caminho do Bhakti Yoga consiste na realização da Verdade por meio da devoção e amor por um Deus personalizado (Ishwara).
A Oração, os cânticos, o japa (a repetição do mantra ou do nome de Deus), escutar histórias de Deus e santos, os pujas, as cerimônias e os rituais são as práticas básicas de Bhakti. Uma mística relação com Deus (que será visto como um irmão, um filho, uma mãe, um mestre) é buscada e desenvolvida. Bhakti Yoga libera o aspirante das emoções e do egocentrismo a desenvolver-lhe a humildade, a entrega e o sentimento de ser um instrumento nas mãos de Deus.
Existem quatro momentos nos quais as pessoas tendem a inclinar-se à devoção:
1- Quando há aflição, quando tudo foi falado, nos dirigimos a Deus como recurso final.
2- A curiosidade é outro impulso.
3- Quando se tem desejo de ganhar, podendo ser amor, conhecimento, riqueza. A Deus se pede desejos como a um pai benevolente que nos concede todos os favores se nos aproximamos com amor e devoção.
4- O Bhakta mais elevado é o desinteressado, com o simples desejo de amar e servir a Deus. Só com esta atitude o ego desaparecerá.
O perigo em Bhakti é que o devoto se converta em fanático. Por mais que todas as religiões ensinem que só há um Deus, cada pessoa talvez tenda a crer que sua relação pessoal com Deus é a única correta.
RAJA YOGA
Este é a abordagem científica que se dá passo a passo no yoga. Sistematicamente a mente é analisada e se aplicam técnicas para mantê-la sob controle e para alcançar estados superiores de cosnciência. Nos dois sub caminhos do Raja Yoga, o Hatha Yoga e o Kundalini Yoga, o prana (a força vital) é dominado primeiro e assim, a energia adormecida Kundalini se desperta. Então a mente é controlada automaticamente.
Jnana Yoga
É o caminho mais direto. É a aproximação intelectual a evolução espiritual. Através de um correto questionamento (vichara) e uma constante auto análise (viveka- discriminação), a mente é usada para examinar sua prórpia natureza. Diz-se que Jnana Yoga é o mais difícil dos caminhos, não por ser superior as outras, mas porque antes de procurá-la, deve estar firmemente enraizado as outras disciplinas, um agudo intelecto despojado de emoções é necessário.
Através do estudo da filosofia Vedanta o janani trata de aprender a discriminar entre o que é finito ou irreal e o infinito ou real. A atitude desapegada (vairagya) é então desenvolvida. O Vedanta mantém que a liberação não se pode conseguir por um ritual, ação, dever ou caridade, só se alcança através da experiencia intuitiva pessoal.
A filosofia Vedanta tem uma tripla base: nas escrituras, análise racional e na experiência.
Mas não é uma questão de fé cega.
Enquanto os vedantins tomam as escrituras como sua autoridade, devem analisar e compreender todos os ensinamentos usando seu próprio intelecto. Porém o intelecto pode explicar e entender só o finito. Esgota-se através do processo de discriminação e negação tudo que é irreal e o intelecto também deve ser excluído. Só a experiência do Real se mantém. Esta é a Auto-realização. O jnani corre sempre o perigo de orgulhar-se dos poderes intelectuais que desenvolveu. Para manter um equilibrio e evitar o risco de converter-se em um simples intelectual, é aconselhável equilibrar jnana com bhakti.

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