Shiva Nataraja (o Senhor da dança). Índia, Tamil Nadu, período Chola,
século 11. Musée Guimet, em Paris.
século 11. Musée Guimet, em Paris.
Shiva é o Deus supremo (Mahadeva), o
meditante (Shankara) e o benevolente,
onde reside toda a alegria (Shambo ou
Shambhu)
Nataraja Neste aspecto, Shiva aparece como o
rei (raja) dos dançarinos (nata). Ele
dança dentro de um círculo de fogo, símbolo
da renovação e, através de sua dança,
Nataraja cria, conserva e destrói o
universo. Shiva Nataraja é a personificação
da dança e das transformações, sua dança
é um ritual de morte (ao 'velho', a uma
persona) e renascimento: de um novo corpo,
uma nova identidade, um novo ciclo. O
calor no corpo queimando velhos
padrões psíquicos, antigos modos de ser,
ver, e sentir. Ela representa o eterno
movimento do universo que foi impulsionado
pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de
seus movimentos serem dinâmicos, como
mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva
Nataraja permanece com seus olhos
parados, olhando internamente, em
atitude meditativa. Ele não se envolve
com a dança do universo, pois sabe que ela
não é permanente. Como um yogue, ele se
fixa em sua própria natureza, seu ser
interior, que é perene. Em uma das mãos,
ele segura o Damaru, o tambor em
forma de ampulheta com o qual marca o
ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra,
traz uma chama, símbolo da transformação
e da destruição de tudo que é ilusório.
As outras duas mãos encontram-se em
gestos específicos. À direita, cuja palma
está à mostra, representa um gesto de
proteção e bênçãos (abhaya mudrā). A
esquerda representa a tromba de um
elefante, aquele que destrói os
obstáculos. Nataraja pisa com seu pé
direito sobre as costas de um anão.
Ele é o demônio da ignorância
interior, a ignorância que nos impede
de perceber nosso verdadeiro eu. O
pedestal
da estátua é uma flor de lótus, símbolo
do mundo manifestado. A imagem toda nos
diz: "Vá além do mundo das aparências,
vença a ignorância interior e torne-se
Shiva, o meditador, aquele que enxerga a
verdade através do olho que tudo vê (
terceiro olho, Ājna Chakra)."
Āsana: Shiva Nataraja (A dança do Senhor
Shiva)
Shiva)
Instrução:
1 Fique com os pés juntos e os braços ao
lado do corpo.
lado do corpo.
2 Inspire e dobre a perna esquerda para
trás segurando o pé esquerdo com a mão
esquerda ao mesmo tempo, estendendo o
braço direito para fora a frente. Faça
Chin mudrā com a mão.
trás segurando o pé esquerdo com a mão
esquerda ao mesmo tempo, estendendo o
braço direito para fora a frente. Faça
Chin mudrā com a mão.
3 Continue levantando o braço direito
para
cima num ângulo de 45 graus do chão
enquanto levanta a perna esquerda, o mais
alto possível com o braço esquerdo.
para
cima num ângulo de 45 graus do chão
enquanto levanta a perna esquerda, o mais
alto possível com o braço esquerdo.
4 Mantenha a postura ao respirar
suavemente pelas narinas. Manter a olhar
fixo
um pouco acima do horizonte.
suavemente pelas narinas. Manter a olhar
fixo
um pouco acima do horizonte.
Concentração: Ājna Chakra
Comentários: Execute o Nataraja
graciosamente, como se dança, mas
firmemente
com a atenção focada, pois sua dança
simboliza a energia cósmica em suas
"cinco ações": A criação,
manutenção e destruição ou reabsorção do
mundo, a
ocultação de ser autêntico, e a graça
salvífica.
graciosamente, como se dança, mas
firmemente
com a atenção focada, pois sua dança
simboliza a energia cósmica em suas
"cinco ações": A criação,
manutenção e destruição ou reabsorção do
mundo, a
ocultação de ser autêntico, e a graça
salvífica.
Durações / Repetições:
Pratica o tempo que for
confortável, alternadamente da perna
direita para a esquerda.
confortável, alternadamente da perna
direita para a esquerda.
Benefícios: Essa postura contribui para
reforçar o seu sentido de equilibrio
e concentração. O arco formado pela
perna de trás que esticou suavemente
alinha as vértebras da coluna,
restaura a flexibilidade e alivia a
tensão causada pela má postura. Tonifica
os músculos dos quadris e pernas, bem
como estimula os músculos do peito.
Nataraja fornece ótimo alongamento dos
ombros, tórax, coxa, virilha e no abdômen.
Ele fortalece as pernas e os tornozelos.
Além disso, melhora o equilibrio
e a estabilidade, constrói interior e
exterior. Ele inculca um levante
psicológico e abre o coração. Assim
trabalha a mente, corpo e alma.
reforçar o seu sentido de equilibrio
e concentração. O arco formado pela
perna de trás que esticou suavemente
alinha as vértebras da coluna,
restaura a flexibilidade e alivia a
tensão causada pela má postura. Tonifica
os músculos dos quadris e pernas, bem
como estimula os músculos do peito.
Nataraja fornece ótimo alongamento dos
ombros, tórax, coxa, virilha e no abdômen.
Ele fortalece as pernas e os tornozelos.
Além disso, melhora o equilibrio
e a estabilidade, constrói interior e
exterior. Ele inculca um levante
psicológico e abre o coração. Assim
trabalha a mente, corpo e alma.
Tandava a Dança de Shiva
Se bem feito, o Shiva Nataraja pode
introjetar a egrégora de Shiva no
inconsciente do yogue, tornando-o uno
com o criador do Yoga. Ao nos relacionarmos
com o Absoluto, o fazemos através de
uma relação com uma imagem especifica
(murta)
ou então de maneira amorfa (amurta).
Shiva,
por exemplo, é invocado de diferentes
maneiras. Cada forma tenta sobressaltar
os diferentes aspectos do Absoluto.
A forma
de Shiva Nataraja, com sua dança
(tandava), é uma forma que mostra a
felicidade na criação. A causa da
criação é Ananda. Brahman é Ananda.
Esta dança representa a pura felicidade.
Ninguém poderia dançar triste ou
irritado. Tandava representa o aspecto
da plenitude de Paramesvara.Nesta dança
ele é representado com uma perna no ar.
Isso implica que ele está ao mesmo tempo
dentro e fora da criação. Se ele estivesse
com os dois pés na terra ele seria um
jiva (aquele que nasceu). Se ambas as
pernas estivessem no ar, não haveria
criação. Ele representa o mundo e também
aquilo que está fora dele. Ele sustenta
tudo e ao mesmo tempo está distante de tudo.
introjetar a egrégora de Shiva no
inconsciente do yogue, tornando-o uno
com o criador do Yoga. Ao nos relacionarmos
com o Absoluto, o fazemos através de
uma relação com uma imagem especifica
(murta)
ou então de maneira amorfa (amurta).
Shiva,
por exemplo, é invocado de diferentes
maneiras. Cada forma tenta sobressaltar
os diferentes aspectos do Absoluto.
A forma
de Shiva Nataraja, com sua dança
(tandava), é uma forma que mostra a
felicidade na criação. A causa da
criação é Ananda. Brahman é Ananda.
Esta dança representa a pura felicidade.
Ninguém poderia dançar triste ou
irritado. Tandava representa o aspecto
da plenitude de Paramesvara.Nesta dança
ele é representado com uma perna no ar.
Isso implica que ele está ao mesmo tempo
dentro e fora da criação. Se ele estivesse
com os dois pés na terra ele seria um
jiva (aquele que nasceu). Se ambas as
pernas estivessem no ar, não haveria
criação. Ele representa o mundo e também
aquilo que está fora dele. Ele sustenta
tudo e ao mesmo tempo está distante de tudo.
Shiva Nataraja
Existem muitas versões a respeito da
história de Shiva Nataraja, em uma
dessas versões encontrada nos Puranas, é
dito
que os rishis questionaram a relevância de
Deus argumentando que desde que o Karma
era tudo, apenas a ação tinha importância.
Para remover a ignorância, Shiva tomou a
forma de Sundaramoorthy e veio até a
vila. Encantadas, todas as mulheres o
seguiram. Os rishis, enfurecidos por terem
sido enganados e tomados como tolos
conduziram, então, uma cerimônia védica
para destruir Shiva. Primeiro, do fogo
veio o demônio Muyalagan e a dança cósmica
teve início. Muyalagan foi preso sob o
pé de Shiva e as cobras que vieram do
fogo se tornaram a guirlanda de Shiva.
Um veado de grandes chifres se tornou
pequenino e foi seguro em uma das mãos.
A pele de um tigre foi retirada e usada
como sua própria roupa enrolada na
cintura enquanto o fogo foi capturado em
outra mão. O som do mantra se tornou
suas tornozeleiras e então a forma de
Shiva Nataraja se manifestou.
história de Shiva Nataraja, em uma
dessas versões encontrada nos Puranas, é
dito
que os rishis questionaram a relevância de
Deus argumentando que desde que o Karma
era tudo, apenas a ação tinha importância.
Para remover a ignorância, Shiva tomou a
forma de Sundaramoorthy e veio até a
vila. Encantadas, todas as mulheres o
seguiram. Os rishis, enfurecidos por terem
sido enganados e tomados como tolos
conduziram, então, uma cerimônia védica
para destruir Shiva. Primeiro, do fogo
veio o demônio Muyalagan e a dança cósmica
teve início. Muyalagan foi preso sob o
pé de Shiva e as cobras que vieram do
fogo se tornaram a guirlanda de Shiva.
Um veado de grandes chifres se tornou
pequenino e foi seguro em uma das mãos.
A pele de um tigre foi retirada e usada
como sua própria roupa enrolada na
cintura enquanto o fogo foi capturado em
outra mão. O som do mantra se tornou
suas tornozeleiras e então a forma de
Shiva Nataraja se manifestou.
A visão da estátua de Shiva Nataraja
provoca um estado de grande paz interior.
Por trás da construção de uma Murti há todo
um processo de estudo já que ela deve
ser construída baseada em um diagrama
de triângulos. Cada parte do corpo de
Shiva
tem a necessidade de estar em perfeita
conexão pois cada uma tem seu significado.
provoca um estado de grande paz interior.
Por trás da construção de uma Murti há todo
um processo de estudo já que ela deve
ser construída baseada em um diagrama
de triângulos. Cada parte do corpo de
Shiva
tem a necessidade de estar em perfeita
conexão pois cada uma tem seu significado.
O ritual da cena, o ritual nas praticas
de yoga, transmutam o bailarino e o
praticante respectivamente. Há um nível
de concentração que permite ao
bailarino assistir a execução do
movimento, e executá-lo, sendo
simultaneamente
o 'fazedor' e aquele que assiste ao
que é feito. A conquista de um 'estar
presente', observando o próprio
estado de presença, de um 'fazer
'simultâneo a um 'observar' do que está
sendo feito, é uma das etapas no caminho
da integração A libertação que o Yoga
visa,
é, no entanto, uma libertação num âmbito
total, existencial, espiritual. E
esta liberdade, o trilhar do caminho em
direção a ela, instrumentará o bailarino e
sua dança, da possibilidade de
transmutar a vida na arte, fazer morrer
e viver num ritual de transformação
e doação infinitos.Bia Gaspar
de yoga, transmutam o bailarino e o
praticante respectivamente. Há um nível
de concentração que permite ao
bailarino assistir a execução do
movimento, e executá-lo, sendo
simultaneamente
o 'fazedor' e aquele que assiste ao
que é feito. A conquista de um 'estar
presente', observando o próprio
estado de presença, de um 'fazer
'simultâneo a um 'observar' do que está
sendo feito, é uma das etapas no caminho
da integração A libertação que o Yoga
visa,
é, no entanto, uma libertação num âmbito
total, existencial, espiritual. E
esta liberdade, o trilhar do caminho em
direção a ela, instrumentará o bailarino e
sua dança, da possibilidade de
transmutar a vida na arte, fazer morrer
e viver num ritual de transformação
e doação infinitos.Bia Gaspar
Meditação de Shiva
No hinduísmo, tada a ação afeta o autor.
O que fazemos só para o próprio
bem-estar acrescenta nova camada ao
ego que, cada vez mais espesso, nos afasta
de Deus, enquanto cada ação
desinteressada diminui a
autoconcentração e dilui as barreiras
que nos separam do divino.
O que fazemos só para o próprio
bem-estar acrescenta nova camada ao
ego que, cada vez mais espesso, nos afasta
de Deus, enquanto cada ação
desinteressada diminui a
autoconcentração e dilui as barreiras
que nos separam do divino.
A meditação de Shiva busca remover essas
camadas por meio da repetição do mantra
OM Namah Shivaya (Saudações, que os
elementos desse universo se
manifestem plenamente em mim).
Invoca-se continuamente Shiva até
sentir sua presença.
camadas por meio da repetição do mantra
OM Namah Shivaya (Saudações, que os
elementos desse universo se
manifestem plenamente em mim).
Invoca-se continuamente Shiva até
sentir sua presença.
Grata
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