segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Virabhadrāsana



O Caminho do Guerreiro Pacífico

Transporta-nos para um entendimento maior de como devemos abraçar e gerir os desafios que se vão interpondo na nossa vida, findando e iniciando ciclos. Com a ternura do que é Sábio,somos conduzidos a interiorizar, no mais recôndito da nossa essência, que neles, ciclos, não são os resultados (possíveis e ou transitórios)das nossas ações que contam, mas sim o que vivenciamos durante a diversidade de trajetos. Assim, possamos compreender o sentido da Vida:
- Tornarmos posse (experimentarmos) da consciência de estarmos sempre a ser Existência com Consciência na Felicidade a cada  nanossegundo, independentemente do que quer que façamos ou de onde estivermos.
A realidade surge-nos, desta forma, brilhante, equacionando-se conceitos como tempo e espaço, passado e futuro, o eterno agora – o presente- ao invés de ela estar sempre no passado ou no futuro. Para além de outras mensagens ligadas a 
forma comumente aceita (Newtoniana)de reconhecer ou ver o mundo na perspectiva circunscrita de uma mente assumidamente cartesiana, ou ainda,
o que é pior, anestesiada (insuspeitadamente condicionada pela geografia da história) por qualquer herança cultural que a mantém refém.
Vamos a um pouquinho de mitologia hindu antes de entramos na postura propriamente dita!
Virabhadra é o nome de um guerreiro 
e o Āsana que leva o seu nome, obviamente
 é em sua homenagem. Virabhadra,
também conhecido como Veerabhadra Swami,
 é um dos Ganas Shiva. 
Virabhadra 
também é venerado como um deus hindu independente 
em alguns 
templos e nos 
cultos.
Virabhadra foi criado por Shiva, num momento em que este estava muito furioso,pois o seu sogro, que não gostava nada dele, estava dando uma festa e não o tinha convidado porem sua filha, e 
esposa de Shiva, Sati, teve que ir à festa, mesmo a contra gosto, antes não tivesse ido, pois chegando lá, sentiu-se tão triste e tão humilhada por seu marido não estar presente que se atirou ao fogo. Sati preferia morrer a ficar sem o esposo ao seu lado.
Shiva ficou possesso quando soube do ocorrido! (Agora pense você o que deve ser Shiva possesso!).
Dos fios dos seus cabelos criou Virabhadra, (assim Virabhadra é a manifestação da ira de Shiva ou a forma humana, dado a sua fúria inigualável.) com a intenção de destruir a tudo e a todos naquela festa. Era a vingança de Shiva pela morte de Sati. Virabhadra era um poderoso guerreiro que tinha como armas um arco, um machado de guerra, um escudo, uma clava e um tridente.
Antigamente, os demônios costumavam hostilizar os deuses e os sábios; por isso, Virabhadra usou seu poder para defendê-los.
Certa vez, uma serpente-demônio engoliu muitos deuses. Virabhadra massacrou a serpente e salvou os deuses. De outra vez, muitos grandes sábios foram queimados por um fogo violento Virabhadra engoliu o fogo e usou de seus poderes mágicos pra trazer os sábios de volta a vida.
Em uma terceira ocasião, um grande demônio engoliu muitos deuses e sábios. Após uma terrível batalha, Virabhadra derrotou o demônio e mais uma vez salvou os deuses. Encantado com sua coragem e nobreza, o deus Shiva concedeu um pedido. Um dia você poderá tornar-se um planeta no céu chamado Mangla (Marte). “Muitas pessoas o adorarão.” Então, a partir desse dia, muitas pessoas na Índia passaram a adorar o planeta Marte.
Um templo dedicado a ele está situado na 
cidade de Veerbhadra, 
perto de Rishikesh. Virabhadra é destaque hoje cultuado
 no 
sul da Índia. A maioria dos templos do
 deus Shiva vai ter uma estátua de 
Virabhadra. 
Ele é um dos Pancha 
primário acharyas (guru) para 
Lingayats principalmente de Tâmil Nadu
 e Karnataka.
Execução:
Variações:
Há várias formas para essa postura como equilíbrio ou não. Essa postura é geralmente chamada de postura do guerreiro. Como postura de equilíbrio, as variações ficam por conta da posição dos braços, que podem ser abertos no prolongamento dos ombros, para trás, etc.
Na tradição de Krishnamacharya, há inúmeros vinyasas para essa postura.
Por exemplo, Iyengar lista ao menos 3 tipos de Virabhadrāsana, e os classifica como tipo I: ambos os pés no chão, os braços para o alto, pernas afastadas, sendo que a da frente fica flexionada. 
No tipo II, os braços abertos ficam alinhados com as pernas, a pélvis fica aberta, as pernas afastadas e um dos joelhos flexionados. O tipo III é a versão do equilíbrio.
Nessa postura o ponto de concentração fica no chão ou à frente. O corpo todo, com exceção da perna de apoio, fica paralelo ao solo, isso requer maior concentração.
Virabhadrāsana I
(postura do guerreiro I)
Afaste as pernas mais ou menos cinco palmos de distancia, gire o pé direito para fora e alinhe seu quadril com a parede a sua frente; o calcanhar esquerdo pode ficar fora do chão. Inspire, eleve os dois braços e girando as mãos para trás, com o objetivo de levar o osso externo na direção do céu, abrindo mais o coração. Expire, flexione a perna direita e veja se o ísquio direito está na mesma altura do joelho direito. Leve o baixo abdome para dentro e para cima. Mantenha a perna flexionada em um ângulo de 90 graus. Olhe para cima e respire profundamente 10 vezes. Troque o lado.
Virabhadrāsana II
 (postura do guerreiro II) 
Afaste as pernas mais ou menos cinco palmos 
de distância, girando o pé direito para fora e alinhando o calcanhar direito com o meio do arco do pé esquerdo, flexione a perna direita mantendo o joelho em 90 graus, coxa direita paralela ao chão. Mantemos o olhar para a mão do mesmo lado da perna flexionada (a da frente). Experimente olhar para a mão da perna estendida (a de trás). Você naturalmente levará mais atenção para o outro lado do corpo, o que favorece a distribuição do peso entre os dois lados e o alinhamento vertical do tronco que, no geral, tende a se direcionar para a perna flexionada.
Dicas:
Balanceamento de seu corpo em um bom caminho é um dos aspectos mais importantes da Virabhadrāsana. Não se esforçar em demasia, gradualmente executar os passos e  concluir um movimento antes de mudar para o outro.
Não inclinar o corpo em ângulos incomuns ao fazer o Virabhadrāsana. Mantenha a respiração sob controle e inspirar e expirar gradualmente.
Benefícios: Modela e reforça os músculos da perna; alivia câimbras das panturrilhas e dos músculos da coxa. Dá elasticidade as pernas e a musculatura das costas, além de tonificar os órgãos abdominais. Mantém o praticante alerta diminuindo a necessidade do sono. As posturas de pé como esta dão energia e resistência para a prática dos Āsanas e espantam a preguiça
Meditação
Pode-se ir além...
O caminho do guerreiro nos permite ir além da mente através da mente
O caminho do guerreiro nos permite ir além da mente através do corpo
O caminho do guerreiro nos permite ir alémda mente através do coração
Aqui vemos corpo, coração e mente. O caminho que a energia percorre pelo meio de nosso corpo passa pelo próprio corpo-sexo, corpo-coração, corpo-mente. Não há iluminação plena sem a energia sexual transmutada, sem um afeto desapegado e sem uma mente silenciosa. As duas pétalas do Ajna chakra formam uma síntese harmônica. Eis ai o famoso terceiro olho. Eis o casamento perfeito do masculino e do feminino na mente humana, razão e intuição.
Penso logo existo-razão-cérebro esquerdo.
Intuo logo sou-intuição-cérebro direito.
“Há em nós duas mentes cognitivas que  formam aquilo que somos: a força da vida autoconsciente do Universo”.
Perceber pura e simplesmente é um atributo da mente silenciosa. Nela não há apegos, nem definições. Ela não precisa provar nada para ninguém porque ela própria experimentou o conhecimento. Quando adentramos ao silêncio não há mais um eu a perceber o silêncio, nos  tornamos o próprio silêncio e ai divisamos a nós mesmos como um paradoxo autoconsciente, onde somos ao mesmo tempo vazio e plenitude.
É preciso entrega e decisão, ficar encastelando em nosso racionalismo defensivo é apenas a nossa vaidade encobrindo o nosso enorme medo.
Fique em silêncio focando o Ajna Chakra.
Yoga Indaiatuba

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