quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Grande Borboleta



CAETANO VELOSO

A grande borboleta
Leve numa asa a lua
E o sol na outra
E entre as duas a seta
A grande borboleta
Seja completa-Mente solta






Às vezes, queremos que as coisas aconteçam num tempo em que ainda não estamos preparados. Falta-nos paciência, perseverança. Esses são os nomes das asas da borboleta. É bem provável que nossa ansiedade queira que isso ocorra mais cedo do que o necessário. Buscamos caminhos alternativos para conseguir o que nos parece essencial. Entretanto, o caminho mais curto não prepara para o voo. Consequência: não se consegue usufruir plenamente das potencialidades das asas. Muitas vezes, buscamos ajuda para um caminho mais fácil e esquecemos que nosso tempo chega com o esforço de quem quer, de fato, romper a crisálida. Às vezes, estamos no tempo de estar na crisálida. Já somos borboletas, mas nos falta romper os limites do casulo. Isso requer paciência, persistência e fortalecimento das asas. Converse, relacione se, veja as experiências que estão ao redor. Aquiete-se,estude,trabalhe viva com intensidade. Um dia, quando olharmos para trás, veremos que o tempo trouxe competências que não tínhamos. Habilidades inimagináveis, maturidade, força e beleza. Aí, é só abrir as asas e voar. O tempo do casulo nos fez deixar de ser lagartas. O tempo para sair dele nos fez pensar como borboletas. Aquelas têm a firmeza do chão... Infinitas possibilidades dos céus. Paz e vida longa!
Yatna, seja bom!

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