O ser humano entende o mundo
através de símbolos, eles são essenciais para a nossa comunicação, alguns
símbolos são universais outros culturais, alguns é preciso se fazer uma análise
dentro do contexto, caso não estejam inserido na nossa cultura para que consigamos nos conectar. E dentro da história
da humanidade existem vários símbolos para Deus.
E por falta desse conhecimento,
quando adentrei ao mundo do Yoga na minha ignorância, eu não cantava os
Mantras, acha uma blasfêmia cantar para um Deus que não fosse católico, fazer
uma reverencia então era um pecado mortal, meu primo Padre poderia me mandar
rezar 100 Pais Nosso! Até que um dia eu trouxe uma estatueta de Shiva Nataraja
para limpar, a mesma era de metal, meu pai um católico fervoroso a limpou com o
maior carinho e respeito. Como? Ele havia lido em uma revista na década de 70
sobre as tradições da Índia e compreendeu perfeitamente que Deus era um só, a
partir deste momento eu li os livros sagrados de todas as religiões, com
discernimento, para poder entender e respeitar (ainda me falta o alcorão),
todos eles falam de Deus com várias concepções tendo em cada religião um único
Deus, com várias promessas de felicidade em outra vida e quando estudei a Gita
entendi que essa tal felicidade já estava em mim no aqui e no agora e que isto
era independente de religião; mas a disciplina ainda me faltava para um
entendimento maior necessário para o desenvolvimento da espiritualidade.
Encontrei o Jonas que com risos e lágrimas está me ensinando esta tradição,
Vedanta, uma tradição viva que deve ser transmitida por um mestre vivo e não
através de livros e que Deus não é separado de mim, seja lá o nome ou forma que
eu dê a Ele. E estou descobrindo que posso conversar com Ele de igual para
igual, sem reservas, até tenho uma aluna evangélica que chama Ganesha de
Gorduchinho, Ele não vai nos castigar, mas sabemos que somos responsáveis pelas
nossas ações. E tenho agora longas conversas com este Deus que sou eu mesma,que tem várias formas, vários nomes, vários rituais, várias orações, sem a necessidade de julgamentos, pois estes me separam d’Ele. Mágica? Não, só
estou aprendendo a mudar a minha visão cognitiva com lágrimas, risos e Conhecimento
(Vedanta).
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