segunda-feira, 28 de julho de 2014

Parábola dos fumantes de ópio e o reflexo da Lua



Em uma noite enluarada três fumantes de ópio foram vagando em busca de fogo para acender seus charutos. No curso de suas andanças aconteceu passarem ao lado de um rio. O reflexo da Lua estava brincando com as ondas do rio. Ele brilhava como fogo. Eles enviaram um deles para ascender um pedaço de carvão da fogueira. Ele foi perto do rio e colocou o carvão sobre as ondas, mas ele só encontrou frio. Ele teve que voltar sem sucesso. Os outros o repreendeu dizendo que ele deveria ter ido um pouco mais longe, para o fogo mais longe. Outro começou a acendê-lo. Ele entrou em o rio um pouco mais, mas também teve que retornar sem sucesso. O terceiro pensando-se ser o mais sábio entrou no rio até o meio dele, mas o fogo não estava lá. Ele também teve que voltar sem assegurar qualquer sucesso em suas tentativas. 
A natureza do Samsara é também como o fogo ilusório. Na noite da ignorância a Jiva intoxicada pelo ópio dos desejos busca de prazeres momentâneos. Os desejos constituem verdadeiros Karmas que ligam as almas individuais no plano terreno. O prazer sensual aqui é o reflexo de Satchidananda. Enquanto o mistério não é realizado as Jivas correrem atrás de coisas ilusórias pensando que elas são reais. Um pode coletar mais dos fatos sobre o universo fenomenal e vangloriar- se por saber mais do que os ancestrais.
Mas tal ostentação é em vão. Aquele que entra no meio do rio, para acender o carvão é tanto idiota como aquele que permanece apenas ao lado dele. 
Só ele conhece quem sabe, não o reflexo, mas a Lua. Só ele sabe quem conhece a futilidade de prazeres sensuais e da natureza falsa do universo. Só Satchidananda é tudo isso. 
As diferenças só existem devido a Avidya ou ignorância. Um cruzamento Brahmavid (conhecedor)sobre Avidya torna-se Brahman Si mesmo.

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