Primeiro observamos o objeto. Esta informação nos chega via a retina do
olho e é transmitida pelo nervo ótico ao cérebro onde a mente (manas) a capta.
Visto de certa distância, torna-se extremamente difícil decidir o que é o
objeto. A mente (manas) começa então a pensar e duvidar se o objeto é uma flor,
algo de plástico ou talvez um pedaço de papel, etc. para poder chegar a uma
conclusão acertada sobre a natureza do objeto, é necessário analisa-lo mais. Para
isso usamos o intelecto (buddhi), mas este não pode chegar diretamente a
nenhuma conclusão final sem antes inquirir e comparar com as experiências que
jazem submersas na mente subconsciente (Chitta).
O intelecto analisa por meio do tato (é suave, portanto não é papel, ou
tem a textura de uma pétala). Mas o intelecto necessita mais dados antes de
chegar a uma conclusão, já que pode existir um papel tão suave como o objeto em
estudo. Vai de novo ao subconsciente para comparar esta experiência do objeto
com todas as outras experiências sensoriais que estão arquivadas nele. Pega o
objeto e compara com outras experiências prévias, o saboreia e de novo o
compara. Pensa então: “Exala um aroma como uma flor, mas ainda assim, poderia
ser artificial” (dúvida: manas). Portanto, após haver submergido profundamente
no subconsciente e haver comparado e experiências arquivadas na mente, o
intelecto chega a uma conclusão. Já não pensa nem duvida, nem tampouco analisa.
Agora, o ego (ahamkara) afirma: “Eu sei que é uma flor e não um objeto
artificial”. Pelo contrário, se após averiguar e comparar, o intelecto não
houvesse achado no subconsciente nenhuma cor, textura, sabor ou odor semelhante
aos da experiência presente, afirmaria: “Eu não sei o que é”.
Esclarecimento: No Raja Yoga Chitta
significa matéria mental = mente total= Antahkarana. No Vedanta Chitta
significa mente subconsciente.
Todos querem fazer o melhor que podem. Cada um de nós gostaria de pensar
que é perfeito. Mas apesar de repetidas resoluções, frequentemente apesar de
repetidas resoluções, frequentemente nos encontramos sendo menos que
gostaríamos de ser. A causa disto é o ahamkara, ou ego. Shankaracharya afirmou
no Viveka Chudamani, “a calamidade se deve a sujeição do ego, agonias se devem
ao ego, o desejo se deve a sujeição do ego; não há inimigo maior que o ego”.
Este ahamkara é a causa de todas as ataduras e é a principal barreira que
impede a experiência da realidade interior.
O ego é o aspecto auto arrogante da mente. Separa o individuo de unir-se
com os outros e com o Ser, pela afirmação de “egoísmo”.
Ahamkara é o maior obstáculo para a tranquilidade; ocupa a mente com
pensamentos de “somos melhores ou piores, possuímos mais ou menos” ou se temos
mais ou menos poder que os outros. Está acompanhado pelo desejo, pelo orgulho,
pela raiva, ilusão, cobiça, ciúme, luxúria, ódio. O ego é o aspecto mais
difícil de ser controlado pela mente, sua natureza é tal que se engana ainda
quando se esforça por vencê-lo.
É a parte do ser humano que mais fortemente resiste a ser controlada.
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