Bhagavad Gita
- Capítulo 2 Samkhya Yoga
Sanjaya explica a condição para Arjuna, o qual está agitado pelo apego e medo. Krishna repreende Arjuna por seu abatimento e exorta-o a luta. Quando pensamentos conflituosos aparecem na mente, poucas pessoas sabem o que fazer. Neste estágio o conselho de um mestre é necessário. Quando o ego recebe repetidas pancadas do mundo, dá-se conta da sua importância. Ele quer ter paz e volta-se para o Poder Supremo. Depois de ter fracassado em convencer Krishna acerca de seus pensamentos aparentemente sábios, Arjuna compreende sua ajuda e torna-se discípulo de Krishna no verdadeiro sentido. Somente agora pode Krishna assumir o papel de mestre. Krishna, sorridente, prossegue iluminando Arjuna por vários meios. Ele primeiro explica a natureza imperecível do Atman, para qual não há passado, presente e futuro. O Atman nunca morre, portanto Arjuna não deveria afligir-se. Como transcende os cinco elementos, isto é, terra, água, fogo, ar e éter, não pode ser cortado, molhado, queimado, ou secado. É eterno e imutável. Sem desejo pelo resultado, a mente fica calma durante a ação. A concentração do sábio é devido à abstinência de desejos; a natureza dispersa do intelecto do ignorante é devido aos desejos. Somente com um intelecto concentrado alguém pode ter esperança em alcançar a imortalidade. Krishna louva o trabalhador desinteressado (Karma yoga) possuidor do equilíbrio da mente e pede a Arjuna para fazer o mesmo até na batalha. Ele aconselha Arjuna lutar, livre de desejos pela aquisição do reinado ou preserva-lo. Por este método alguém pode ir além das qualidades (gunas) da natureza – sattva, rajas e tamas – e ser estabelecido no Atman. Aqueles que conhecem o Atman entendem que não existe nada de valor nos três mundos para possuir. Por isto, a pessoa deveria ter um equilíbrio da mente no sucesso e fracasso, prazer e dor – cuja habilidade na ação é chamada yoga. Escutando isto, Arjuna levanta quatro questões sobre as características de uma pessoa para estabilizar a mente, sua descrição como ele fala, senta, anda. Krishna diz que uma pessoa de mente estabilizada não deverá ter nenhum desejo em absoluto. A consciência do Atman e o abandono dos desejos são experiências simultâneas. Uma pessoa estabilizada na sabedoria tomará as coisas como elas veem e não terá qualquer gostar ou desgostar. Seus sentidos serão retraídos como a tartaruga retraiu seus membros. Sendo conscientes da presença de Deus em tudo, podem controlar os sentidos. Krishna compara a mente descontrolada a um barco pego pela tempestade. Devido ao vento dos desejos soprarem sobre a mente, ela é revirada e induzida a cometer ações erradas. A noite escura de uma pessoa comum é a condição de vigília para o próprio controle e vice-versa. Todas as particularidades de um sábio de mente estabilizada fundem-se no Ser universal. O sábio de sabedoria firme vive uma vida de serviço desinteressado. O capitulo 2 ensina a aplicabilidade do yoga na vida diária. Krishna oferece um entendimento compreensivo de como o sofrimento humano pode ser aliviado com a consciência do Absoluto. Ele mostra à humanidade o meio de suplantar a dualidade e conflitos. Ele pede a nós para termos uma espiritualidade, ficarmos livre das três gunas vivemos acima da dualidade, agindo sem expectativas de resultados e identificados com a Consciência Suprema.
Nota: No Bhagavad Gita a palavra “Sankya” usualmente refere-se { Jnana Yoga, o termo “yoga” a Karma Yoga.
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